quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dilema: Igualdade X Liberdade?

Ensaio


A Igualdade Socialista X a pseudo-Liberdade Burguesa


A liberdade do Liberalismo é a liberdade para consumir – ter coisas, ambicionar mais coisas. Não uma liberdade real. Até porque Liberdade não existe. É um conceito metafísico – vazio e arbitrário.

Não somos livres, realmente. Em nenhum sistema social-político-econômico. Estamos sujeitos às condições familiares, aos fatores climáticas, as circunstâncias históricas. Temos dependência fisiológica, afetiva, econômica.

Mas o Liberalismo promete Liberdade. De pensamento, de expressão, de adquirir bens – desde que se 'jogue o jogo': tenha dinheiro para negociar, para acumular mais dinheiro.

A pregação de Liberdade fazia sentido na Idade Média, quando os servos estavam 'presos' à terra, ao feudo. Mas então os servos emigraram ou foram expulsos – e rumaram para as cidades que então cresciam (os burgos) onde acabaram virando mão de obra barata para os burgueses que então enriqueciam. Então, os servos tinham 'liberdade'? Para vender a 'força de trabalho'? Liberdade para serem livremente explorados?

Realmente, o ser humano encontra-se num mundo onde não tem liberdade de fato e também não tem Igualdade. Que também é uma abstração. Não somos iguais. Temos diferenciação fisiológicas, de personalidade, de pensamento, de gosto estético.

A Igualdade que o Socialismo sempre defendeu é aquela de oportunidade (que o Capitalismo apregoa tanto – com tanta falsidade e hipocrisia!) de acesso aos bens sociais e bens econômicos. Que não seja apenas um Elite, uma Nobreza, a possuir a enorme quantidade de riqueza para usufruir ao explorar o trabalho alheio.

A Igualdade socialista não é 'uniformização', pois as pessoas não são iguais. Mas de 'oportunidades', de acesso à justiça, de acesso às decisões políticas. Um poder compartilhado, ao contrário de um poder concentrado, centralizado. O poder compartilhado é a verdade Democracia – direta e participativa. Sem uma classe intermediária – a classe política – para se aproveitar do processo político em prol de interesses próprios.


Leonardo de Magalhaens

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