Eleições: nem uma nem outro
As Elites apresentam seus candidatos à gerência
da ordem estabelecida – a hegemonia burguesa – e
a massa é obrigada a votar no referendo / plebiscito
(‘voto da plebe’) entre a situação e a oposição.
As Elites apresentam seus candidatos à gerência
da ordem estabelecida – a hegemonia burguesa – e
a massa é obrigada a votar no referendo / plebiscito
(‘voto da plebe’) entre a situação e a oposição.
As vozes alternativas são simplesmente silenciadas.
(Ou antes: é dito que não há alternativa.
Ame - o ou deixe-o.)
Percebemos isso no Debate Band de ontem, quando
a candidata da situação – Dilma – enfrentou o candidato
da oposição – Serra – num bláblá televisivo que
simplesmente ignorou os assuntos ECOLOGIA e
REFORMA AGRÁRIA, além de Impostos e
Previdência Social.
Diante de uma Dilma nervosa – e até agressiva – vimos
um Serra frio, até cínico, ao debaterem escândalos mútuos
de corrupção, como loteamento de órgãos públicos por
‘companheiros’ e ‘tucanos’ – seja na Petrobrás, nos Correios,
na Casa Civil. Serra acusa o PT, como se o PSDB não fizesse
a mesmíssima coisa: loteamento partidário das instituições.
Mostram preocupações – e evitam responder questões
polêmicas – com saúde (o tema do aborto nas clínicas públicas),
com a educação (como se não mandassem bater nos professores!),
falam de infra-estrutura (como se investissem mesmo em
aeroportos, usinas, estradas...), ou então segurança pública
(como se fossem mesmo acabar com o crime organizado –
o Marcola e o Fernandinho devem ter rolado de rir em suas
acolchoadas celas...!)
Agora temos um Serra preocupado com o ‘social’ – dizendo-se
criador dos programas assistencialistas pro ‘povão’ – e não
afirmar o programa de privatizações que aprovou quando no
governo FHC – o mesmo governo FHC que ele elogia
a contra-gosto, ou cita apenas para dizer-se lado a lado com
FHC e Itamar, enquanto a candidata é seguida por gente
do quilate de Collor, Sarney, Temer...
O discurso da Dilma – não mais paz & amor – é o mesmo
dos 8 anos do Lulismo – Estado paternal, distribuição de renda,
empregos, ou seja, não é o proletariado quem deve conquistar,
mas o Estado concede aos bons empregados uma chance de
‘subir na vida’ (queremos um país de classe média, ela diz)
A questão do aborto virou uma questão religiosa! Quando é
um tema de saúde pública! Mulheres morrem diariamente
por causa de abortos mal-sucedidos! Mulheres pobres que
recorrem aos açougueiros! Isso nenhum deles diz claramente.
Ficam discutindo normatizações, tabelas de planos de saúde,
com um cascata de números que somente eles entendem!
No mais, precisamos agora conviver com os ‘piedosos’.
Serra é cristão e ecologista de carteirinha.
O frei atesta os princípios cristãos da Sra. Dilma –
precisamos nos referenciar por religiosos enquanto
julgamos viver num país laico!
Desde quando religiosos aprovam ou desaprovam políticos
numa sociedade laica? Se eu disser que sou ateu –
não vou receber votos? NÃO PODEREI SER ELEITO?
Isso aqui vai virar o novo Irã!
Fundamentalismo na cabeça!
Nenhum dos dois! Vamos aceitar a opção dada ao
proletariado? Votar no MENOS pior?
Votar no GETULISMO (disfarçado de Lulismo)
OU no NEOLIBERALIMO (disfarçado de Choque de gestão) ?
Leonardo de Magalhaens
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links para o debate (youtube)
http://www.youtube.com/watch?v=OkRuxAVqABY
http://www.youtube.com/watch?v=gVvV9Z0GnrQ
http://www.youtube.com/watch?v=Rl4aQ-IUdy0&feature=related
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